segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Introdução à musculação em 15 atos: Os acessórios pessoais #03


              Após se matricular em uma academia pesando os critérios citados anteriormente, há a necessidade (ou possibilidade, em alguns casos) de se equipar com acessórios que irão lhe auxiliar durante essa prática esportiva.


Vestimenta

                Não existe o mais adequado. Apenas se exclui os tipo jeans e as roupas com botões e/ou zíperes. Usa-se o que tem, mas estrear uma roupa nova na academia pode ser um tipo de incentivo a mais. Roupas curtas ou folgadas demais podem lhe por em situações desconfortáveis em alguns aparelhos e exercícios por requererem posições poucos usuais.



Calçado

          Calçado fechado. De preferência tênis. A maioria dos tênis da modalidade corrida é utilizada no dia-a-dia e em outros esportes, inclusive na musculação. Caracterizam-se por amortecedores altos dando uma espécie de plataforma ao usuário. Acontece que alguns tipos de exercícios vão exigir uma “passada” ou uma pisada mais firme no chão. O risco de uma torção seguido de um acidente com um peso pode ser perigoso para todos. Existem calçados próprios para a musculação (conhecidos por calçados basistas), mas não há a exigibilidade de comprar um. Apenas prefira usar tênis mais “baixos” em relação aos de corrida, e se usar os de corrida, atente-se a sua pisada.

Tênis de corrida
Tênis baixo

Tênis basista
                                                       

Luvas

                Você vai necessitar utilizar luvas no começo. Sem elas o processo de calosidade é bastante doloroso e pode fazer com que você diminua seu rendimento em alguns exercícios (os campeões: puxada para as costas, remada baixa). Existem três tipos padrões de luvas de musculação: as que cobrem toda a palma da mão até a metade dos dedos (protege calos na palma e nos dedos); as que cobrem só a palma da mão (evita calos na palma); e as que cobrem apenas a parte central da parte da mão (luvas supinadoras).  Outro fator importante das luvas é a sua aderência. Elas aumentam a força da pegada evitando que a barra “escorregue” e vá escapando das suas mãos com o passar das repetições.




Garrafa (squeeze ou bottle)


              “Leve sua própria garrafa com água” – essa afirmação é sustentada por várias razões. Do ponto de vista prático, evita o deslocamento durante as séries fazendo você perder tempo e algumas vezes a máquina para outra pessoa. No sentido sustentável, já que algumas academias não aderem a bebedouros, e sim filtros com copos descartáveis. Uma pessoa enchendo a garrafa no filtro poupa copos, e poupa a natureza. Na questão de mensuração da água consumida, já que você saberá o quanto de água está consumindo durante os treinos (o que não acontece quando se toma no bebedouro). E por fim, na ótica de fazer você lembrar-se de beber água já que a reposição hídrica é de extrema importância para o treinamento.




            Pronto para o passo seguinte? Hora de ir ao primeiro dia de academia. Até a próxima.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Introdução à musculação em 15 atos: A pesquisa #02



Depois de decido que o seu esporte será musculação o segundo passo seria perguntar-se: onde? Como já citado, a musculação se tornou uma prática imensamente popular o que te garante pelo menos uma academia em cada esquina. Essa diversidade é boa até certo ponto: indo de uma moderna academia até um monte de ferros empilhados. Existem alguns fatores principais para se escolher determinada academia: os pontos essenciais e positivos. Classificando por importância, começaremos do mais essencial, depois os importantes e os descartáveis.


Horário de funcionamento.

A primeira coisa a se pesquisar é se a academia esta funcionando no horário que você tem tempo para malhar. A grande maioria abre as 6:00 e fecha as 22:00. Nesse horário pode haver algumas pausas em seu funcionamento (geralmente de 2 horas) para a limpeza, organização de pesos ou a realização de outras atividades.


Localização.

Nada é mais importante do que uma academia próxima a sua casa. Evita uma das principais desculpas que é a preguiça de ir até lá. Além do mais, poupa tempo e dinheiro com meios de locomoção.


Equipamentos.

Uma academia boa tem que ter as máquinas essenciais. Falando de quantidade, ela precisa ter um maquinário suficiente para atender a demanda de todos os horários. Precisa também ter uma boa quantidade de anilhas e estarem próximas às máquinas que necessitam de maior carga (leg press, gaiola de agachamento e supino). Um ponto positivo também é a presença de halteres montados – facilitam bastante excluindo o esforço desnecessário da montagem e desmontagem de pesos, poupando bastante tempo. A academia também necessita, por serem extremamente versáteis, de uma quantidade suficiente de bancos - reguláveis ou não, e de máquinas com polias: também reguláveis ou não. Falando de qualidade, alguns equipamentos necessitam de acolchoamentos em bom estado (tendem a rasgar com facilidade por causa do suor); e, principalmente, de uma integridade suficiente para a sua segurança: corra de cabos corroídos e de halteres mal soldados.


 Halteres montados. Poupa a força para outros momentos.


Equipe profissional.

Toda academia necessita de educadores físicos. Para dar orientação quanto à prática de musculação é necessário ter o diploma do curso de educação física ou ser supervisionado por alguém que tenha. Existe um número ideal de quantos instrutores deve ter em uma academia para uma determinada quantidade de praticantes. A princípio quanto mais educadores físicos e instrutores, melhor. Ter um orientador por perto é tudo que você irá precisar no início dessa caminhada. Claro que para ter exclusividade é necessário desembolsar mais. Procure as academias que possuam muitos instrutores em qualquer parte do dia. É comum em horários de pico a relação instrutor-aluno ser bastante prejudicada por parte da grande demanda de alunos requisitando algum tipo de atenção desses profissionais.


Estrutura física.

Academias precisam ter ambientes confortáveis e estimulantes à prática do esporte. Elas precisam ter espaço adequado para suprir o fluxo de pessoas; ter a distribuição das máquinas de forma que ocupem o menor espaço possível sem afetar o bom funcionamento das mesmas, e muito menos correr o risco de colidir com algum indivíduo durante a sua execução. Necessitam também possuir espelhos para facilitar a execução e correção dos exercícios e suprir a cota narcisista de cada um. Bebedouros ou filtros de água; local seguro para armazenar bens durante o período de treinamento; e banheiros quase todas tem.


Céu.

Manutenção.

Todo o maquinário de uma academia precisa passar por revisões e manutenção durante certo período de tempo. Acontece que ocorrem imprevistos como o rompimento de um cabo de uma máquina, o afrouxamento de polias ou o descarrilamento de pesos nas máquinas, exigindo manutenção de emergência. As melhores academias resolvem o problema no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte. Evite academias com histórico de manutenções atrasadas. Além de comprometerem seu treinamento – há certa demora em verificar a falha de um equipamento ou máquina. Isso porque, sabendo da falta de agilidade no processo de manutenção, os responsáveis evitam ficar subtraídos de alguns equipamentos só encaminhando-os em último caso. Um risco para o praticante.


Ventilação.

A academia precisa ter clima agradável. Calor insuportável e frio demasiado são dois problemas grandes para a diminuição do rendimento. Dê preferência as que têm janelas e grandes ventiladores. Ares-condicionados não são bem vistos – indivíduos durante a atividade física intensa necessitam de grande volume de ar, obtido através de uma frequência respiratória elevada. Ocorre que o ar-condicionado favorece o ressecamento das narinas aumentando o risco da aquisição de doenças respiratórias.


Companhia de treino.

Para começar com o pé direito nada melhor do que malhar com um companheiro. O incentivo mútuo se mostra grande impulsionador da vontade de malhar, e de continuar malhando. Busque a encontrar uma academia com uma localização boa pros dois, e um horário adequando para ambos. Dois corpos funcionam melhor do que um. 


Dias de funcionamento.

As melhores academias abrem de segunda a segunda. Outras de segunda a sábado até meio expediente. E poucas de segunda a sexta. Talvez não interfira muito se sua opção inicial for só um treinamento de cinco dias por dois de descanso. Mas saiba que trabalhando com mais opções no calendário sempre haverá a possibilidade ou necessidade da mudança dessa rotina, claro – obedecendo ao que foi passado pelo educador.


Flexibilidade de horários.

Dê preferência a academias que sejam flexíveis quanto ao horário. Talvez alguma troca de turnos no trabalho, ou um dia de folga, lhe faça querer malhar em um horário diferente. O padrão ouro é ter a liberdade de malhar a qualquer hora por quanto tempo quiser em qualquer dia da semana.


Presença de outras atividades esportivas.

Existem dezenas de modalidades nas academias, úteis o suficiente para auxiliar sua trajetória na musculação. O acesso a elas é essencial. De certa forma, dentro do pacote que você esta matriculado, ter a opção de variar seu treino aeróbico é extremamente indicado.

Aula de Jump.


Dono e/ou responsáveis amantes do esporte.

Nada melhor do que o dono da academia ter amor pelo o que faz e não pelo negócio. Rentável ou não, uma academia quando bem administrada se torna um ambiente ótimo o suficiente para sua prática, tendo todas as exigências anteriormente citadas, na medida do possível, cumpridos.


Presença de atletas.

Esse ponto é muito ambíguo. De um lado, positivamente, atletas costumam estar nas melhores academias. Em contrapartida às vezes por possuírem treinamentos diferenciados eles podem demorar eternidades em um aparelho ou até mesmo executar uma série em duas, três ou mais máquinas ao mesmo tempo ocupando muito mais espaço que outro praticante qualquer. Bom saber que tem atletas na academia - pois mantenha distância e fuja dos horários deles.

Lembre-se: a academia é um espaço agradável para você – será sua segunda casa. Um bom ambiente, boa estrutura, e bons profissionais irão criar uma ligação maior ainda com você. Escolha a sua academia e vamos ao próximo passo. 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Introdução à musculação em 15 atos: A decisão #01




    Você repara que toda a mídia lhe influencia para a prática de algum esporte ou até mesmo uma mudança no seu hábito em busca de um estilo mais saudável. Não é por menos, os benefícios que a rotina de um esportista trás a sua vida são gigantescos. Você já está cansado de saber. Então comece a notar que sua mãe, sua tia, sua professora, o porteiro, seu chefe e seu avô estão indo para academia – e não só isso: falam sobre saúde e incentivam outras pessoas à prática. Inclusive já vi na TV até cachorrinho fazendo esteira. Então meu amigo é hora de tomar vergonha na cara e ir se exercitar.


     Existem vários caminhos para a busca de uma vida saudável, porém todos acabam em uma academia com pesos. O nosso país não nos agraciou com muitos esportes. Tirando nossa idade de colégio e excluindo a disciplina educação física são raras as pessoas que praticam algum esporte amador. E aos que praticam acabam sendo indicados a fazerem musculação para melhorar a performance.

     Então chegou a sua hora. Você vai começar a malhar. Este será um guia totalmente comprometido em iniciar uma pessoa normal a essa prática tão popularizada ultimamente. Antes de prosseguirmos em uma saga com 15 capítulos você precisa, no mínimo, entender esses 8 conceitos-chave:

1 – Você não sabe de nada.

Tudo o que você sabe é distorcido, ultrapassado, mal compreendido e inválido.

2 – Dentre tudo que você precisa saber você não precisa saber de tudo.

Não adianta. Em apenas uma consulta no nutricionista, ou no primeiro treino com um educador físico, vão querer te ensinar: fisiologia humana, anatomia, interação nutriente-indivíduo; biomecânica, fisiologia do exercício, etc. Apenas ignore – isso não passa de show-off (exibicionismo) . A maior parte desse conhecimento não serve para você como praticante/iniciante. Foque na prática apenas: o entendimento vem depois.

3 – Cuidado onde você pesquisa.

Dicas são sempre bem-vindas. Exceto as da internet. Não acredite em nada que esteja em redes sociais, blogs (cujo autor não tenha nenhuma formação), guias de musculação (principalmente em blogs) ou em qualquer outra fonte de informação duvidosa. O melhor é não pesquisar. Guarde suas dúvidas para seu professor e seu nutricionista.

4 – Se sua busca for estética nem sempre você vai ser saudável.

Praticar musculação é uma questão de intensidade. Os melhores resultados são obtidos em um conjunto de dieta de excelência e execução de exercícios altamente estimulantes. Isso implica que seu corpo passará por provações nada saudáveis. Suas articulações irão responder bem sim, no momento, mas a que preço? E os suplementos coloridos artificialmente, abarrotados de estabilizantes. Também custarão caro mais à frente – quem garante?

5 – Quanto mais você se dedicar, mais rápido terá resultados.

Quando dizem que musculação é um jogo de paciência, com ganhos morosos e sutis ao longo de meses e meses, é apenas  retratando a maioria da parcela dos praticantes típicos da modalidade. Se você for com fome de ferro e sede de suor seus ganhos ultrapassarão a barreira da normalidade obtendo resultados expressivos e em pouco tempo. Procure profissionais que trabalhem com essa filosofia.

6 – Malhar é um investimento.

Custa caro – demanda tempo e dinheiro. Por isso vale a pesquisa, não só por preços, mas também por qualidade. Suplementos são caros e duram pouco. Cabe a você abrir mão de outras aquisições para comprar alguns itens (ou recrutar profissionais da área), nem sempre essenciais, para sua trajetória na musculação.

7 – Seja honesto.

Não minta para si. Não engane quem trabalha por você. Se seus ganhos estão bem abaixo do esperado procure antes de tudo rever sua rotina e localizar suas falhas. Só então questione (ou mude) os profissionais envolvidos na sua prática. A tendência é o elo se romper no lado mais fraco, ou seja, você. 

8 – Academia não é algo prazeroso.

Você nunca gostou de malhar e se sente cobrado por ver seus amigos irem anos e anos com afinco e dedicação. Ninguém gosta. O prazer sentido só é alcançado através das recompensas e das satisfações obtidas no fim de uma rotina de treinamento. Perceba que aqueles que se sentem bem após o treino são os que conseguem melhores ganhos, enquanto os que não gostam tendem a não “sair do lugar” que culmina em abandonar a prática algum tempo depois. Prazeroso é ser recompensado.

     Agora você esta pronto. Decidido a começar a praticar musculação. Rumo ao próximo passo. A pesquisa #02.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Pergunta da semana #03


O que são aqueles números nos rótulos dos suplementos?


Imagine um estereótipo para suplementos: um balde grande, com números grandes e com fotos de caras grandes. Mas o que quer dizer esses números? Tem alguma explicação?

O elemento numérico é uma grande ferramenta publicitária para o suplemento. Porém ele carrega um dado nutricional muitas vezes distorcido para confundir o consumidor.

Vamos começar pelo aminoácido de cadeia ramificada: L-leucina, L-isoleucina, e L-valina (BCAA). Os números no rótulo se referem a quantidade de uma dose recomendada: se for em pó, será determinado em quantidades de scoops (dosador); se for em cápsulas será o número de cápsulas recomendados.

Vamos aos exemplos:


Repare no BCAA da renomada Optimun Nutrition. Para os desavisados esse produto ofereceria 1000 cápsulas de BCAA. Porém reparem no canto superior esquerdo: tem escrito 400 capsules. Na verdade esse 1000 indicado significa que em um número de cápsulas recomendado ofertará 1000mg de BCAA. No verso do produto temos:



Note que a quantidade recomendada de cápsulas de BCAA é de 2 cápsulas. Em 2 cápsulas consigo 1000mg de BCAA: destes L-Leucina = 500mg; L-Isoleucina = 250mg; e  L-Valina = 250mg. Também está indicado na embalagem que esse suplemento rende 200 porções. Exato: 400 cápsulas tendo que ingerir de 2 a 2 por dose nos dá 200 servings.

Vamos ao BCAA em pó:
Do mesmo laboratório temos o BCAA em pó. Reparem que tem 5000 powder. Significa, novamente, que em uma dose recomendada teremos 5000mg de BCAA. Esse rótulo já apresenta as quantidades dos aminoácidos separadamente. Verifique que a soma deles (2,5g; 1,25g; 1,25g) dá exatos 5000mg (ou 5g). Ele também diz que esse suplemento rende 60 porções. Se precisamos de 5g por dose e rende 60 doses, logo esse pote contem 300g de BCAA:

Seu dosador tem 5,6g - o que representa um acréscimo de 0,6g de maltodextrina por dose.

Além do BCAA outros suplementos adoram fazer impacto com números nos seus rótulos. É o caso também do hipercalórico.

Diferentemente do BCAA que os números no seu rótulo são facilmente explicados, os hipercalóricos usam de um artifício muitas vezes doloso e sem transparência.

Existem dois significados dos números encontrados em um hipercalórico:

O número pode ser relativo a quantidade de calorias que será ingerida durante o dia respeitando a dosagem e a quantidade indicada no produto:


Esse hipercalórico da Probiótica apresenta o número 3200. Esse número se refere a uma quantidade determinada desse produto acrescido de leite integral que, se consumidos ao longo do dia, daria 3200 Kcal. Observem a subjetividade: quantas vezes teria que ser ingerido? E o leite? Todos os hipercalóricos calculam a quantidade de calorias - seja o total do pote; ou da quantidade recomendada diária, do hipercalórico com o leite integral (geralmente 200ml). Agora imagine: quanto mais doses diárias mais leite irei tomar - logo mais fácil de se obter as 3200 calorias ofertadas no rótulo. O detalhe é que boa parte da fração energética que o consumidor irá tomar vem por meio do próprio leite integral.

Outro exemplo:




Agora é a vez de dizer que esse pote "contém" 15000 Kcal. Mais uma vez cabe atentar-se que o leite integral utilizado para consumir todo o pote também está incluído nesses 15000 de energia. Os mais atentos vão perceber que os dois produtos (hipercalóricos) usados como exemplo possuem 3kg. Se o primeiro que oferece 3200 calorias diárias fosse pego como referência e consumidos 3200 calorias do segundo pote, este segundo só duraria 4 dias. Por que isso acontece? Lembrando do acréscimo do leite o primeiro produto com certeza é consumido em mais porções do que o segundo - ou seja, mais calorias providas do leite. Se o valor da ingestão diária fosse somada, certamente daria valores bem acima de 15000 Kcal.

Vamos às contas do hipercalórico da Integralmédica (NUTRIMASS15000):


Informações Nutricionais
Porção:120g (duas medidas dosadoras)
Valor Calórico456kcal=1915kJ
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Sugestão de Uso: Diluir no liquidificador 2 medidas dosadoras (120g) de Nutri Mass em 1 copo (250ml) de leite, desnatado...



Se em 120g encontramos 456 Kcal, em 3000g encontramos 11400 Kcal. Observem o quanto falta para os 15000 Kcal prometidos no rótulo. Porém nesse valor não entrou a sugestão de uso ( 250ml de leite desnatado). Por ser desnatado vai dar um aporte calórico menor (menos gorduras) que o integral. O que "falta" para os 15000 de energia são contabilizados de forma subestimada ou superestimada.

Cabe a você examinar a informação nutricional a respeito do produto e confrontar o valor obtido com o peso do mesmo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Pergunta da semana #02



Qual a diferença entre ON/OFF, cutting/bulking?


Primeiramente vamos entender a origem dos termos e depois classifica-los da melhor forma.


OFF


O termo OFF vem de OFF-Season um termo que se refere ao atleta que não está próximo a uma competição. Para estar em OFF-Season, antes de mais nada, você tem que ser um atleta que compete frequentemente.


ON


Por conseguinte, popularmente, chamam o inverso do OFF-Season de ON, erroneamente, claro. O termo correto é PRE-Contest, que significa o período compreendido entre semanas antes de uma competição ao dia exato da mesma.


Bulking


Bulking é o processo em que o atleta procura uma maior ingestão para elevar seu peso. O bulking pode ser: controlado (clean bulk) - quando se visa um maior ganho de massa magra com o mínimo ganho de massa gorda, geralmente praticados por fisiculturistas; ou bulking sujo (dirty bulk) – quando o que mais importa é o ganho de massa corpórea, utilizados majoritariamente por jogadores de futebol americano, rugby, lutadores, etc.


Cutting


Cutting é o processo que visa reduzir a gordura corporal, aumentar a vasodilatação, diminuir a água subcutânea, entre outros. Tudo isso minimizando ao máximo a perda de massa magra.


Percebam que OFF-Season e bulking podem ser consideradas fases predominantemente anabólicas e PRE-Contest e cutting fases predominantemente catabólicas.


Atletas de fisiculturismo sempre que não estão competindo estarão em OFF-Season. O problema é que se disseminou que todo OFF-Season é hipercalórico, ou seja: confundem com bulking. Acontece que a fase de PRE-Contest é extremamente nociva e estressante para o atleta. Não há condições humanas em que o corpo consiga sobreviver por muito tempo com um percentual tão baixo de água e de gordura corporal. Logo após a competição o atleta costuma retornar ao seu peso habitual de treinamento sendo assim o período de OFF-Season. É fato que muitos fisiculturistas fazem o bulking sim, mas outra parcela prefere manter seu peso mais controlado no período de OFF-Season. Qual o melhor? Depende da variável genética, do tipo de treino, da forma de nutrição, etc.

Fisiculturista Jeff Rodriguez em período OFF-Season. 


Atenta-se que o principal fator que demarca o início de uma fase ou processo é a imposição de uma meta. A busca por resultados mensuráveis e/ou visíveis é todo fruto do início, duração e fim de um plano plausível. Estar em OFF-Season não é desleixo, desde que haja planos para voltar a ativa.