quinta-feira, 17 de maio de 2012

Mito ou verdade? #01



Malhar diminui o busto feminino. VERDADE


Vamos lá. Provavelmente essa é uma das maiores histórias ditas por mulheres que se abstém da prática de musculação. Esse medo de diminuir o busto é oriundo de várias causas, porém a principal delas é a associação com as grandes fisiculturistas.

Atualmente muitas usam silicone. Na categoria "Bikini" quase todas usam próteses para buscar um corpo mais feminino.

E por que não seria mito? Bom não é toda mentira essa afirmação. Depende dos objetivos da prática da musculação. Um dos maiores fatores para o dimensionamento dos seios é a quantidade de gordura corporal. O tamanho dos seios é proporcional a quantidade de gordura da mulher, embora o que vai definir o tamanho em si é a pré-disposição genética. É baseada na condição genética que em casos excepcionais uma mulher magra pode ter volume no busto e uma mulher acima do peso pode ter menos – mas mesmo nesse exemplo: se essa mulher magra ganhar peso, ela aumentará o volume mais ainda; já no caso da mulher acima do peso, se essa mesma perder peso, perderá mais ainda a medida do busto. Como muitas mulheres vão à academia em busca da redução de peso e, se esse objetivo é cumprido juntamente com uma dieta adequada, vai haver diminuição da medida do busto. O quão vai haver essa redução é proporcional à perda de peso.

Outro fator seria a própria hipertrofia dos músculos peitorais - principalmente a seção inferior onde o acúmulo de gordura é maior (presença das glândulas mamárias). Uma das características do tecido adiposo é modular-se de acordo com a distribuição muscular. É como se, com o aumento da massa muscular, parte do tecido adiposo se comprimisse e fosse mais bem distribuído pelos espaços. É como apertar um sanduíche cheio de recheio. Esse fator pode fazer com que visualmente o busto diminua. E o próprio estímulo repetitivo no músculo faz com que o mesmo capte energia de alguns resíduos de gordura proximais (muito pouco).
Resumindo:

Há diminuição do tamanho do busto nesses casos:

- Aplicação com eficiência de um programa de treinamento visando a perda de gordura;
- Hipertrofia dos músculos peitorais através da compressão e perda de gordura localizada nessa região.

O que fazer?

Bom, o jeito é ser ciente que em um programa de perda de gordura haverá a perda de medida do busto. Cabe ao indivíduo medir o valor estético desse quesito.

E o que se deve fazer em questão da hipertrofia muscular?

Como um programa de hipertrofia muscular, geralmente vem acompanhado de um aumento geral de peso, inclusive de alguma massa gorda, talvez não fique aparente o aumento do busto (vê fórmula no fim do artigo). Abrir mão de exercícios peitorais não seria uma boa medida, já que ele é essencial para várias funções do dia a dia. Mas evitar exercícios como: supino declinado e cruzamento com cabos (Cross Over) já seriam meios de não sobrecarregar a porção inferior. Lembrando que existem vários outros exercícios que trabalham os músculos peitorais com um enfoque diferenciado: que não seja para as partes inferiores. Entre os mais sugeridos: Peck’s com pegada aberta (os voadores) e supinos inclinados (quanto maior a inclinação do banco, menor o enfoque nos peitorais inferiores). Enfim, consulte seu educador físico.

Genética x [(Ganho de gordura) - (Diminuição de gordura + Exercícios intensos para peitorais)] = Tamanho do busto.



Malhar na adolescência prejudica o crescimento. MITO


É a trivialidade de muita gente. Existe um senso comum de que atividades como musculação e futebol são esportes que “impedem o crescimento” adequado, enquanto que outras como vôlei e basquete são estimuladoras do crescimento.

Vamos ao caso.

Assim como na natureza o esporte de alto rendimento é regido por uma espécie de seleção natural. Como os atletas de alto rendimento são os mais vistos é como se associássemos o esporte a um biotipo e criamos uma lei: o esporte transforma o indivíduo. Não foi por ter erguido pesos que um fisiculturista tem 1,60m e não foi por pular demais que um jogador de basquete tem 2,10m.

A prática de esporte na adolescência é um fator muito produtivo para o crescimento. Aliás, o que é o crescimento? Estamos falando de crescimento ósseo: estatura. Qualquer atividade física aliada a um programa alimentar equilibrado é recomendado para crianças e adolescentes. O que vai fazer seu filho crescer não vai ser “o” esporte e sim a prática de qualquer esporte. O que acontece é que no basquete indivíduos mais altos tem mais chances de serem melhores jogadores. Assim como fisiculturistas costumam ser Endo/mesomorfos por ser mais fácil de adquirir simetria e volume. É como se o esporte exigisse isso.

Mas existem algumas ponderações. Não é por isso que você vai por seu filho em uma academia de musculação aos 5 anos de idade. O esporte deve ser praticado sim, mas existem esportes mais favoráveis quando se diz respeito a um crescimento geral. Por exemplo: esportes coletivos para ganhar senso de responsabilidade; artes marciais para ganhar disciplina e coragem; esportes com instrumentos para ganhar equilíbrio; dança para ganhar ritmo e sociabilidade; etc. Muitos esportes trazem grandes benefícios e aptidões das mais variadas formas.

Lee Priest aos 12 anos de idade.

Quando se fala especificamente de musculação não existe uma idade usual para seu início. Um trabalho com resistência de pesos, quando supervisionado por profissional capacitado, é um grande aliado ao crescimento do corpo. Um adolescente pode praticar musculação perfeitamente, porém é mais indicado que, além disso, seja praticado outro esporte para ajudar no desenvolvimento da coordenação motora e de outros fatores pré-citados. Existem estudos que apontam alguns exercícios com uma faixa etária mínima para execução. Isso se dá ao fato de que em certo período algumas estruturas ósseas não podem sofrer desgaste repetitivo por carga pesada ou pressão mecânica elevada.Trata-se do próprio desenvolvimento da maturação óssea (calcificações; maturação das epífises; etc). Dentre os “proibidos” para menores de 15 anos estão a remada na polia baixa; a remada livre; os desenvolvimentos; o levantamento terra; e o agachamento. Lembrando que esses estudos eram de décadas atrás. Hoje em dia, além dos estudos serem mais modernos e precisos (não que existam estudos dessa natureza), a maturação do corpo está chegando mais cedo. Dá pra se perceber, não é mesmo?